O Budismo e o Fim do Sofrimento

Por: Ryath (Inspirado por Marcelinho)

A filosofia ou Psicologia Budista está muito centrada no sofrimento humano, coisa que norteou a vida de Sidarta Gautama, aquele que se torou Buda, que significa iluminado.
Sidarta sofreu muito com a preocupação dos sofrimentos que poderia sentir, pois queria uma vida sem coisas ruins acontecendo, apenas boas, o que o levou a angustia e talvez a depressão ou tristeza.
A depressão acontece quando não vemos saída para uma situação, então Sidarta não via uma saída, uma garantia que não houvesse sofrimento, e isso fazia ele sofrer.
Ninguém quer que coisas ruins aconteçam consigo próprios, o que acaba gerando preocupação, e essa preocupação causa sofrimento.
Gautama seguiu o caminho do ascetismo hindu, para assim atingir a iluminação, e parar de sofrer.
O sofrimento de Gautama era interno, não externo, e os seus mestres na época souberam recomendar a solução para seu problema, porém após seis anos de prática Sidarta chegou à conclusão que não estava se libertando do sofrimento.
A solução estava certa, era a iluminação que ia libertar Gautama, mas os métodos, segundo ele, não estavam funcionando.
Então Sidarta deixou de seguir o Ascetismo, mas continuou com as práticas de meditação para alcançar o seu objetivo, e conseguiu.
O Budismo usa muito a meditação como seu método de despertar, mas não o ascetismo.
O que aconteceu com Buda, foi que seu sofrimento era imaginário, ele não sabia as coisas ruins aconteceriam em sua vida, então se libertou dessa ilusão, pois sofria pelo que era incerto.
Então Buda, pois já atingindo a iluminação podemos chamar Gautama de Buda, pois Buda significa iluminado, parou de se preocupar com o que poderia acontecer de ruim na vida, e passou a viver a vida com muito amor, o que o fez ser uma pessoa feliz.
Amor é felicidade, e ele acaba com diversos sofrimentos psicológicos.
O esquema de sofrimento que o Budismo ensina, está centrado nesses quatro aspectos, onde rejeitamos que o ruim aconteça em nossa vida, e desejamos que o bom aconteça sempre:
Perda e Ganho
Prazer e Dor
Elogio e Culpa
Fama e Vergonha

1- Perda e Ganho
Nós desejamos o ganho, mas não a perda.
E a perda pode ser de algo muito bom que tenhamos em nossa vida, então isso gera muito sofrimento.
É importante vivermos o presente e não ficar pensando nas perdas que podemos ter em nossa vida, mas sim aproveitar o que há de bom.

2-Prazer e Dor
Desejamos o prazer, mas não desejamos de forma alguma a dor.
Buscamos o prazer das coisas boas da vida, que são experiências que mostram resultados bons, e buscamos por isso.
Mas a dor é algo muito ruim, e existe em muitos aspectos, como a dor emocional e física.
A dor emocional depende muitas vezes de nossos pensamentos e traumas vividos.
Para ficarmos bem é importante centrarmos nosso pensamento em coisas boas.
A dor pode ser intensa ou fraca, mas também ela é inserta na vida, e não podemos ficar nos centrando que vamos sofrer, mas sim não pensar nisso e vivenciar o amor, as coisas boas.

3-Elogio e Culpa
Desejamos o elogio, que é algo do nosso ego, mas não a culpa, pois nos faz sentir mal.
Desejamos ser bem vistos pelos outros, mas é importante sermos bem vistos por nós mesmos, nos aceitarmos totalmente como somos com nossas virtudes e erros.
Não precisar nos mal ver e mal falar por causa de nossos erros e defeitos, isso é algo elevado e tem a ver com aautoestima e autoamor.
Amor nunca é ego, então ele pode ser substituído pela necessidade de elogio, o amor próprio. 
O desprendimento do ego nos leva ao despendimento do elogio.

4-Fama e Vergonha
Quanto mais alto está o nosso ego, maior é o tombo dele, causando muita vergonha perante a visão dos outros.
Desejamos ser bem falados, mas não sermos vistos pelo que consideramos ruins.
As coisas que não valorizamos, que não gostamos, sermos vistos por termos as características delas é muito vergonhoso.
É importante sermos verdadeiros, nos aceitarmos como somos, e se possível sem buscar a admiração dos outros.
Se conseguirmos agir assim, então ai seremos livres.
Todo mundo tem erros e defeitos, assim como defeitos que não gostamos de jeito nenhum, mas o despedimento da fama ajuda muito em nossa simplicidade e humildade.

As Formas de Sofrimento e o Apego
As formas de sofrimento, segundo o Budismo estão ligadas a algum apego a nós mesmos, pois não desejamos nada de ruim, mas tudo de bom.
Quando conseguimos atingir um amor maior, o que acontece é que vivemos para esse amor, e deixamos de nos preocupar com coisas do ego ou muitas que nos remete a nós mesmos.
Deixar de se preocupar com que coisas ruins aconteçam, é o caminho da paz, é o viver o agora, sem ficar se preocupando com o sofrimento que pode acontecer no futuro, assim conseguimos mais paz e viver a vida melhor. 
Isso não é algo fácil, mas sofremos muito por imaginação, sem saber de fato o que vai acontecer em nossa vida, e o caminho que oferece o Budismo é viver o aqui e agora.
Devemos construir um futuro bom?
R: Sim, mas sem ficar pensando em coisas ruins que nem sabemos se vamos passar.
Viva o aqui e agora e curta a vida.
Construa um futuro, mas sem ansiedade, vivendo o aqui e agora, que é viver o absoluto, o que é muito bom.
Busque o amor em sua vida, busque o autoconhecimento e a iluminação, que as coisas vão ficar muito boas.
Fiquem com luz.
Seres de luz.

 

 

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